Por: Daniel Corrêa – Aluno do 4º ano do Curso de Jornalismo e estagiário do UNIFATEA
Singular
Caminhava em passos lentos enquanto ouvia a música agitada que soava dos fones de ouvido conectados ao meu celular, quando percebi que só precisava atravessar a rua para chegar ao meu destino. Era mais um dia, normal eu diria, em que eu passava pela portaria da faculdade e direcionava um sorriso tímido a todos os presentes e ia para o lugar de sempre esperar meus amigos. Mas nesse dia, não sei exatamente como explicar, tinha algo diferente e isso me chamou a atenção.
Por um momento pensei em ir direto até a sala em que eu teria aula naquele dia, mas decidi buscar um local discreto para acompanhar toda aquela movimentação. Pausei a música, a agitação que soava pelo aparelho parece que ganhou vida. Me permiti relaxar ao observar toda cena que acontecia diante de meus olhos.
Não demorei muito tempo para assimilar que seria uma apresentação que teria no jardim perto da entrada, um trabalho que precisava de total dedicação dos alunos. Julguei ser os alunos de comunicação, mas poderiam ser também de letras ou até mesmo de administração. Estava com o olhar tão concentrado, que esqueci de me informar sobre isso.
Um grupo de alunos ensaiavam mais uma vez, outro grupo terminava os detalhes e alguns alunos dispersos captavam com as lentes da câmera do celular todo o trabalho que faziam. O trabalho tinha mais cores do que eu lembrava existir e trazia uma sensação de novo. E então eu decidi que era hora de me aproximar, de tentar sentir o que queriam transmitir.
A apresentação começou com a introdução do tema, que era sobre manifestações culturais. Cada grupo decidiu representar uma cultura diferente e mostrar exemplos, com formatos distintos e apenas uma finalidade. Acompanhei toda a apresentação, sempre prestando atenção nos detalhes, de cada um que teve seu papel nesse trabalho.
Portanto, me considero uma pessoa colecionadora desses eventos de manifestação por um propósito, que sempre ocorre de tempos em tempos nos corredores e jardins dessa faculdade. Sempre saio com um conhecimento a mais, sobre coisas que eu já conhecia e outras que eu não tinha ouvido falar, até aquele momento. Era como se essa quebra de rotina me desse um sopro de vida, tocasse meu coração e me desse uma motivação para ser diferente após minha rotina mudar.
“Conquistei meu lugar ao sol”, expressão na qual eu só consegui compreender ao me envolver mais com todo o sistema presente dentro desses muros. Conheci pessoas que mudaram minha perspectiva, não só uma vez, mas a cada momento em que descubro uma partícula nova, ambientada aqui. Sou grato por essa mudança, pois, minha alma e minha mente estão se expressando de maneira excepcional. Agora não sou apenas um universo indecifrável, porque estou conhecendo-o pelos olhos admiráveis de quem se tornou parte da minha vida.
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