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Campanha da Fraternidade é lançada no DF: “Será que não estamos nos acostumando com a agressão cotidiana à vida e com a morte em suas diversas formas?”

Lançamento ocorreu nesta quarta-feira, dia 26 de fevereiro, na sede da CNBB em Brasília, DF.

 “Será que não estamos nos acostumando com a agressão cotidiana à vida e com a morte em suas diversas formas?” Com essa pergunta provocativa o bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joel Portella Amado deu início à sua fala na cerimônia de lançamento da Campanha da Fraternidade (CF) 2020 realizada nesta quarta-feira, dia 26 de fevereiro, na sede da entidade em Brasília, DF.

A Campanha da Fraternidade 2020 tem como tema: “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso” e o lema bíblico, extraído de Lucas 10, 33-34, é: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”.
Segundo dados sistematizados no Texto-Base da CF 2020:

  • “No Brasil, 22,6% das crianças e adolescentes entre 0 e 14 anos vivem em situação de extrema pobreza.
  • 11,7 mil crianças e adolescentes foram vítimas de homicídio em 2017.
  • Em 2016, houve no país 11.433 mortes por suicídio, uma média de 31 casos por dia.
  • Nos seis primeiros meses de 2018, os acidentes de trânsito provocaram mil mortes e 20 mil casos de invalidez permanente no país.
  • Em 2017, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE), o Brasil era 9º país mais desigual do planeta em distribuição de renda.”

O secretário-geral da CNBB disse ser necessário indagar se realmente são necessárias estatísticas para perceber que, em nossos dias, a vida vem sendo fortemente desrespeitada. Dom Joel citou, como exemplo, o tema da violência ostensiva – tema das Campanhas de 1983 e 2018. Para dom Joel, a lista de morte é grande e já a conhecemos: “mortes nas ruas através de balas perdidas, morte nas macas dos hospitais, morte por causa da fome, do desemprego, morte no campo, nas aldeias indígenas e morte entre os jovens”.

A Campanha da Fraternidade, destacou o secretário-geral da CNBB, quer alertar para duas atitudes a indiferença e a crença de que a morte só é vencida pela própria morte. “Essa é atitude de quem se esquece da Campanha da Fraternidade de 2018 e acaba pregando a superação da violência através da própria violência”, disse.

Dom Joel citou o Papa Francisco para falar da importância de não naturalizar a indiferença e a violência. “O Papa pede de nós um outro rumo na Laudato Sí”, disse. De acordo com o bispo, a Campanha da Fraternidade aponta para esse outro rumo a partir da parábola do Bom Samaritano. “Em tempos de indiferença globalizada, a solução para os problemas da vida nunca virá através da violência e da morte. Ela virá do cuidado! Do zelo uns pelos outros e de todos pela sociedade e pelo planeta”, afirmou.

Como exemplo de quem cuidou da vida e referência do agir como bom Samaritano, o secretário-geral da CNBB falou que a Campanha deste ano se inspira em Santa Dulce dos Pobres, canonizada pelo Papa Francisco, em outubro de 2019 . “Ouvir, sentir compaixão e cuidar” são os verbos bíblicos que a Igreja Católica vai trabalhar na Quaresma este ano, por meio da Campanha da Fraternidade 2020.

Participaram da coletiva, o bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ, e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, a sobrinha da Santa Dulce dos Pobres e superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) na Bahia, Maria Rita Pontes, o frei Giovanni Messias, reitor do Santuário Santa Dulce dos Pobres, o coordenador executivo de Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel Batista e a representante do projeto social da CNBB “Correndo Atrás de um Sonho”, Dayse de Oliveira.

Fonte: CNBB e https://www.boletimsalesiano.org.br/materias/acao-social/item/10640-campanha-da-fraternidade-e-lancada-no-df.html

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