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“Somos todos iguais, dependemos uns dos outros e precisamos cuidar do outro, independentemente da situação.”

Lorena, 30 de março de 2020.

Querida Comunidade Educativa

Quinze dias se passaram de nosso confinamento e este período está nos ensinando a entender muito mais rapidamente o que, com anos de formação alguns de nós não conseguiram aprender: que somos todos iguais, que dependemos uns dos outros e que precisamos cuidar do outro, independentemente da situação.

A incidência do coronavírus, como qualquer situação de emergência, tem evidenciado de modo geral as graves desigualdades que caracterizam nosso tempo, quer no acesso à saúde, quer na distribuição de recursos ou até mesmo na pesquisa científica.  Se a própria doença associada ao vírus não fosse suficiente para nos preocupar, não podemos ignorar a devastação econômica que a propagação do vírus tem causado, com seus efeitos graves sobre pessoas e famílias, como também sobre aqueles que nos acompanham de muitas maneiras em nossa vida cotidiana.

Toda essa situação certamente nos induz a uma profunda tristeza, e também ao medo. Ninguém deseja contrair a doença provocada pelo vírus, nem que o outro a contraia. Especialmente, não queremos que nossos amados, nem outras pessoas frágeis sejam colocados em risco de morte pela disseminação do vírus.

Nas palavras do cardeal Leo Burke, “muitas vezes, quando nos encontramos em grande sofrimento e mesmo enfrentando a morte, perguntamos: “Onde está Deus?” Mas a verdadeira questão é: “Onde estamos nós?” Em outras palavras, Deus está certamente conosco para nos ajudar e salvar, especialmente no momento de severas provações ou da morte, mas muitas vezes estamos longe d’Ele por causa de nossa incapacidade de reconhecer nossa total dependência d’Ele e, portanto, de rezar diariamente a Ele e de Lhe tributar a nossa adoração.”

Na sexta-feira passada, o Papa Francisco, em sua bênção Urbe et Orbi, exortou-nos a contemplar com coração renovado o mistério o dom do amor de Deus pela humanidade e a não ter medo porque Ele caminha conosco. Estamos cronicamente enfermos, não podemos nos curar, não importa quão grandes sejam nossos esforços. Precisamos confiar em Deus, que nunca romperá Sua aliança de amor fiel e duradouro conosco.

Por isso, meus queridos, convido a cada um de vocês e seus familiares a não se cansar de respirar, de confortar uns aos outros, para que não percam a esperança, mesmo que os números nos assustem. Temos diante de nós a oportunidade de ser verdadeiramente luz para o nosso mundo, de testemunhar e gritar «não vamos ceder ao medo», porque sabemos que Deus jamais deixará de ouvir nossa oração; Ele nos responderá com Sua misericórdia e amor incomensuráveis ​​e incessantes.

Como comunidade educativa continuemos confiantes a rezar uns pelos outros e pelo mundo!

Prof. Dr. Wellington de Oliveira

Reitor do UNIFATEA

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