Esse é o terceiro texto da série intitulada “Jovens falando e escrevendo sobre nós”, com material escrito por alunos do 4º ano de Jornalismo do UNIFATEA, de Lorena (SP). O primeiro foi publicado no último dia 07.
Por: Fábio Nunes Vieira da Silva – 4º ano de Jornalismo – UNIFATEA
Supervisão: Daniel Leite Andrade
O Brasil envelhece, segundo indica o IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Até 2060, a cada quatro brasileiros, um será idoso. Os índices mais recentes do órgão revelam que a população 60+ no país, em 2019, ultrapassava 29 milhões.
Se a atual expectativa de vida é de 72 anos para os homens e 79 para as mulheres, nos próximos 40 anos será de 77 e 84, respectivamente. O IBGE também estima que, a partir de 2039, haverá mais pessoas idosas do que crianças vivendo no Brasil.
As causas deverão ser a queda da taxa de fecundidade e expansão da expectativa de vida.
A nova realidade leva em discussão formas de pensar em saúde, com foco na promoção da qualidade de vida.Nesse contexto, a Rede de Conselhos da Pessoa Idosa do Vale do Paraíba e Litoral Norte (REDE), movimento que reúne 35 conselhos de cidades dessa região metropolitana, no estado de São Paulo, discute melhorias nos serviços públicos voltados a quem tem 60 anos ou mais.
A REDE possui em sua essência o Decálogo, uma espécie de “lista de conceitos e orientações” que exprimem as principais discussões e ações do grupo.
A longevidade é um dos itens e aborda, de acordo com a definição da REDE, a perspectiva de vida aliada a bons hábitos, a convivência prazerosa com outros grupos e viver bem um dia de cada vez.
A reportagem procurou uma especialista para ampliar o debate. Para Polyana Nunes, médica recém formada pela Universidade de Vila Velha (UVV), e que atualmente se dedica a estudar a qualidade de vida dos idosos, a longevidade é a busca pelo envelhecimento saudável. “Viver mais tempo, esse é o conceito. Mas para isso é preciso manter-se em movimento, a atividade física é essencial ao longo de toda a vida, para buscar resultados futuros. É extremamente importante realizar também exames periódicos, pois é através deles que podemos avaliar possível comorbidades”.
Polyana também ressalta a importância de uma alimentação saudável. “Muitas pessoas deixam para fazer algum tipo de dieta quando a doença aparece, isso está errado. Tudo é questão de equilíbrio. Precisamos pensar no futuro, e agir agora. Sabemos os riscos do consumo exagerado de açúcares, gorduras ruins e de sal, então por que não reduzí-los diariamente”.
A longevidade pode estar ainda associada às relações sociais. E foi o que constatamos ao conversar com Geralda Ribeiro, 93 anos, para quem o segredo está na família. “Mesmo hoje, sendo um pouco difícil estar com todos meus filhos, netos e bisnetos, e agora meu tataraneto, eles ainda são minha força aqui. Gosto de estar perto, me faz sentir bem”.
Com uma vida dedicada aos 15 filhos, ela garante que a longevidade está na fé em Deus. “Eu sou muito devota, sempre pedi a Deus para que me desse força. Crescemos na roça e foi Deus que me ajudou a criá-los. Hoje fico um pouco triste por não poder ir á missa mais vezes, mas assisto pela televisão o canal da minha mãezinha”, ressalta sobre a melhor parte do seu dia que é assistir aos programas da TV Aparecida, em casa, na cidade de Cruzeiro (SP).
Saiba mais sobre a Rede de Conselhos da Pessoa Idosa: http://www.rededeconselhos.com/
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