No Brasil, desde março de 2020, grande parte da população está desempenhando um importante papel para a diminuição da disseminação do COVID-19 por meio do isolamento social.
Essa ação resultou na diminuição do deslocamento das pessoas até seus locais de trabalho, lazer ou estudo.
Consequentemente o menor fluxo de pessoas transitando nas cidades resultou em alguns benefícios para o ambiente e para as próprias pessoas.
O menor número de veículos circulantes comprovadamente resultou em uma redução da concentração de dióxido de nitrogênio (NO2) em várias países do mundo de acordo com monitoramento de satélites da NASA.
Dados da CETESB indicam a redução da poluição em até 30% em São Paulo no início do isolamento. A diminuição dos poluentes pode contribuir com a melhora da capacidade pulmonar, bem como da imunidade da população.
Se observarmos os dados das últimas 48h, em especial quinta e sexta feira, na região da marginal Tietê, os índices indicam uma boa qualidade do ar, algo difícil de ocorrer em dias comuns (figura 1).
Dados para fauna e flora ainda são difíceis de serem comprovados estatisticamente, mas certamente a redução do impacto antrópico sobre os ambientes preservados trará ganhos a médio e longo prazo caso o isolamento continue.
Porém, o maior benefício que o isolamento social tem trazido para o planeta é a conscientização da população sobre o consumo de produtos não essenciais, percepção das possibilidades tecnológicas que podem reduzir impactos no ambiente e valorização de uma vida mais saudável e de menor impacto ambiental.
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