Por Profª Drª Mariane Zappa Meireles de Lima Ferreira – Curso de Farmácia (Clique e saiba mais sobre o curso)
Imagem fonte> http://www.blog.saude.gov.br/index.php/570-destaques/34296-cuidado-com-a-automedicacao
A automedicação no Brasil é um processo crônico e segundo dados do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade – ICTQ, 79% dos brasileiros tomam medicações sem prescrição médica/farmacêutica.
Os principais motivos para essa automedicação são financeiros, devido à falta de condições de pagar uma consulta particular ou plano de saúde e a falta de disponibilidade e demora nas consultas para o SUS.
Neste momento de pandemia a situação se agrava devido ao medo de se contaminar nos hospitais e a necessidade de ficar em casa.
O perigo da automedicação é que todos os medicamentos possuem efeitos colaterais e muitos deles interações medicamentosas que o paciente desconhece, além de poder “mascarar” um problema mais sério retirando muitas vezes sintomas fundamentais para que o médico descubra a real causa do problema.
Medicamentos como antiinflamatórios podem elevar a pressão arterial levando a um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Medicamentos como dipirona e paracetamol usados normalmente para combater febres, dor de cabeça e dor no corpo tem uma vasta lista de efeitos colaterais como problemas no fígado (paracetamol) e baixa de pressão arterial (dipirona).
Outros medicamentos podem dar alterações hormonais, insuficiência renal e prejudicar a circulação sanguínea.
A crença de que se fez bem ao vizinho fará a mim também leva o indivíduo a automedicação bem como a facilidade de acesso as redes sociais e internet.
O profissional farmacêutico tem importante papel neste contexto pois faz a ponte entre a automedicação e o médico levando ao paciente as informações necessárias sobre os medicamentos. Através de pesquisa com o paciente dos sintomas, idade, problemas crônicos, tempo do quadro clínico o farmacêutico tem condições de estabelecer se há necessidade de se procurar um médico, se pode prescrever algum medicamento ou se não se faz necessário nenhuma intervenção.
Buscando considerar o indivíduo como um todo, o farmacêutico pode verificar a pressão arterial, temperatura e fazer testes como nível de glicose no sangue dentro da farmácia, tendo assim dados para concluir qual atitude mais adequada.
A automedicação pode matar uma pessoa com um xarope, por exemplo. Reações alérgicas, intoxicações, AVC, infarto, são algumas das reações que podem levar o paciente à óbito.
Apesar de todo o esforço dos farmacêuticos em conseguir evitar esta automedicação faz-se necessário uma grande campanha para esclarecimento da população sobre os riscos de se automedicar.

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