No atual período de isolamento social, causado pela COVID-19, não é de se espantar que a saúde mental das pessoas fique mais vulnerável. O confinamento e a falta de liberdade e de contato extremo com familiares podem aumentar os níveis de estresse, ansiedade, irritabilidade e, em casos mais graves, depressão.
Após seis meses de confinamento, o assunto “Saúde Mental” vem sendo muito comentado nas redes social, porém mesmo com o grande engajamento de conteúdo voltado a saúde, os números dos casos de depressão aumentaram 50% durante este período. Segundo uma pesquisa realizada pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) mostrou esse resultado em Julho de 2020, com apenas cinco meses de isolamento social.
O Psicólogo, Marcelo da Silva Barbosa, explica que a situação de estar em confinamento influencia diretamente pessoas que já tiveram depressão ou que estão vivenciando um quadro depressivo. Os fatores de estar sempre em contato com a família, confinado no mesmo lugar e por muito tempo; crise financeira; pouco acesso à internet; incerteza do futuro e ansiedade podem acabar agravando o caso de algumas pessoas.
A depressão é uma doença psiquiátrica recorrente e comum, que pode atingir em algum momento da vida, cerca de 20% da população. Suas características são tristeza profunda e de longa duração, alteração do humor, sentimento de amargura, desesperança, baixa autoestima, culpa, distúrbios de sono e no apetite, além da perda de interesse pela vida, por realizar quaisquer atividades, sejam profissionais, pessoais ou de lazer e prazer, levando assim ao isolamento social e até mesmo do convívio familiar.
Isolar-se do resto da sociedade e até mesmo da família já é uma sintomas da depressão, então, quando estas pessoas postas em isolamento social há um agravamento pois estimula pensamentos negativos e até suicidas, além de encontrar um empasse em relação ao tratamento da doença.
Não somente quem já apresentou quadro depressivo ou está passando por um quadro crônico, esse período pode influenciar pessoas que não apresentavam quadro depressivo no início de março de 2020, mês em que a quarentena tornou obrigatória no país, porém dificilmente desenvolverá quadros crônicos ou graves.
Mas como podemos ajudar quem está apresentando sintomas ou está em quadro depressivo?!
Hoje, com o grande poder midiático é possível encontrar campanhas, como o Setembro Amarelo, e ONG’s não governamentais com o intuito de auxiliar a saúde mental de todos, desde mais jovens a mais idosos.
Em uma conversa com uma das voluntárias do CVV (Centro de Valorização à Vida), Adriana Rizzo, afirmou que não houve aumento significativo durante esse período, continuando a atender 12 mil pessoas diariamente.
Sempre, com o objetivo de prevenir antes que a pessoa que ligou tira a própria vida. O Centro de Valorização à Vida possui uma parceria com a campanha do Setembro Amarelo e é o período em que mais recebem ligações, sejam para desabafar sobre qualquer assunto ou em momentos mais tensos de pretensão de suicídio. Além das campanhas, para evitar ou minimizar essas manifestações, é necessário continuar com as medidas propostas pelos profissionais de saúde para o tratamento, sejam medicações ou terapia.
Segundo o CVV, conversar e dar atenção é um ótimo meio de ajudar quem está passando por alguma fase depressiva. É muito importante que a pessoa conheça e perceba qualquer mudança em seu comportamento, ou o comportamento de algum familiar em isolamento social, procurar ajuda de um profissional, familiares e amigos.
Além de seguir conselhos de profissionais da saúde e manter em atividades prazerosas, fazer atividade física, buscar aprender coisas novas, manter uma dieta saudável, se afastar de pessoas que o fazem se sentir mal ou te deixem para baixo e tentar ao máximo interagir com as pessoas.
Por: Beatriz de Almeida Bedendo – 4º período de Jornalismo
Matéria escrita para o Projeto Humanize-se! (Unidade Curricular: Laboratório de Jornalismo Impresso e Digital)
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