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Fundação Olga de Sá, UNIFATEA e prefeitura de Lorena assinam Termo de Intenções para restauro do Solar Conde de Moreira Lima

Projeto que passará por aprovação federal, captação de recursos e execução preservará importante monumento da história da cidade

Um importante passo para a manutenção da história da cidade de Lorena foi dado na manhã de quarta-feira, dia 28 de setembro, com a assinatura do Termo de Intenções para futura contratação de Projeto Cultural que visa a execução de Projeto de Restauração e Ampliação do Solar do Conde de Moreira Lima.

O Casarão, como é conhecido na cidade, e que hoje abriga a Casa da Cultura, teve a proposta de restauração feita pela Prefeitura de Lorena, em 2018, sendo aprovado em março de 2020. Abraçado pelo Centro Universitário Teresa D’Ávila – UNIFATEA através da Fundação Olga de Sá, o projeto começa a trilhar um caminho que em alguns anos deve levar a sua recuperação total. A Fundação contribuirá para o apoio institucional na busca de parceiros, tanto em âmbito público quanto privado, e posteriormente na gestão de sua obra de restauro.

Na cerimônia, realizada no local, assinaram o termo o prefeito de Lorena, Sylvio Ballerini, a secretária de Cultura e Turismo, Juliana Barbosa e a presidente da Fundação Olga de Sá, Irmã Zenilde Aparecida Fontes. Como testemunhas assinaram o Prof. Dr. José Ricardo Flores Faria, diretor executivo da Fundação Olga de Sá e Ana Maria Guimarães, da Arquitetura Plena.

“Demos início ao processo, ele é longo, mas necessário. A partir de uma contratação, a Fundação escreve um projeto cultural com apoio e parceria de empresas e profissionais renomados da área e somados a expertise do curso de Arquitetura e Urbanismo do UNIFATEA. A Fundação escreve inicialmente esse projeto que será submetido posteriormente a Secretaria Especial de Cultura, do governo federal. Esse edifício, após eleito pela pasta para receber recursos, podemos então dar início a captação para realização das obras. O processo será conduzido pela Fundação, que será o órgão gestor da obra e terá o acompanhamento da prefeitura uma vez que ela é a proprietária do Casarão e responsável até o início dos trabalhos, pela integridade da edificação e sua manutenção, assim como já tem feito”, explica o Prof. Dr. José Ricardo Flores Faria, diretor executivo da Fundação Olga de Sá.

A população pode acompanhar o andamento participando mensalmente das reuniões do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Paisagístico e Cultural de Lorena (COMPHAC). Os parceiros que irão atuar e auxiliar a Fundação na captação de recursos são Arquitetura Plena, da cidade de Taubaté. “Após a captação, e antes da restauração, algumas obras emergenciais precisam ser feitas. Após esse caminho percorrido vamos dividir a obra em etapas. Vai ser preciso paciência devido ao tempo, pois trata-se de restauro, mas está tudo bem encaminhado e todos estão muito empolgados em manter essa história viva. Um trabalho como esse é um filho que precisa de cuidados. A gente vê renascer um patrimônio. Se não restaurar, se não preservar não teremos identidade, precisamos ter consciência de conservar o patrimônio da região”, comenta entusiasmada Ana Maria Guimarães, da Arquitetura Plena.

Para a prefeitura a união de forças será o diferencial neste caminho. “Sou suspeito a falar (Irmãs Salesianas), sou salesiano, fui aluno, ex-professor. Sei que juntos nós podemos fazer muitas coisas boas por Lorena”, afirma Sylvio Ballerini, prefeito de Lorena. Já a secretaria de Cultura e Turismo, Juliana Barbosa, comemora a chance de no próximo centenário da Casa da Cultura, ter um espaço totalmente novo. “Não tem como não se emocionar dentro dessa casa. A principal questão para mim em tudo isso é o respeito pela história. Não teria ninguém melhor de respeito e amor do que a Fundação para fazer esse trabalho junto da prefeitura.”

Para a vice-reitora do UNIFATEA, Irmã Zenilde Fontes a presença das Salesianas na cidade tem marcado diariamente a transformação necessária e o acolhimento a todos. “Este trabalho nos conecta com a alma da cidade, com a história, com a caridade que marca nomes e personalidades que passaram por aqui. Além de mais uma vez destacar a gestão da família do Conde Moreira Lima e da Viscondessa Carlota de Castro Lima que doaram terrenos para construção de escolas da congregação da família salesiana e para a construção da Santa Casa de Misericórdia, gerida por mais de cem anos pelas Irmãs Salesianas. Hoje, o UNIFATEA e a Fundação Olga de Sá oferecem um grande serviço para a comunidade, sabedores do valor histórico deste local”, disse a vice-reitora.

Irmã Olga de Sá, que dá nome a Fundação, pisou e esteve presente no Casarão durante anos, e para preservar também esta memória o Centro Universitário está presente no projeto. “Essa restauração e a manutenção dessa história tem a ver com a história do UNIFATEA, mas também com a história das Irmãs em Lorena, esse ano celebramos 150 anos das Filhas de Maria Auxiliadora e 130 anos de presença em Lorena. Para nós é motivo de alegria e responsabilidade assumir esse compromisso. Peço a Irmã Olga que abençoe este projeto. Contamos com a colaboração e compreensão de todos, pois não é fácil e nem rápido. Cuidar de patrimônio não é simples, mas faz parte do nosso legado”, falou a reitora do UNIFATEA, Irmã Célia Regina Querido.

 

O Solar

Neste prédio estão calcados importantes pilares da história da Terra das Palmeiras Imperiais. Considerada uma das construções antigas mais belas de todo o Vale do Paraíba, o Solar Conde de Moreira Lima guarda em suas paredes e em cada um dos seus cantos, fragmentos da história de Lorena. Nele hospedaram-se o Imperador Dom Pedro II, a Princesa Isabel, a Imperatriz Teresa Cristina e o Conde d’Eu.

Foi residência pessoal do Conde Moreira Lima, um dos mais ilustres nomes da história da cidade e região, foi legado por testamento a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia em 1926 e hoje, pertence à Prefeitura Municipal de Lorena. O casarão foi construído em 1831, de estilo neocolonial para neoclássico. Neste solar, no distante século XIX, o Conde promoveu festas e bailes.

O sobrado foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, o CONDEPHAAT, em 1975 e a muitos anos tem abrigado a Sede da Secretaria de Cultura e Turismo de Lorena e um acervo com materiais utilizados pelo Conde e sua família.

 

 

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