Conhecer nossa história e se conectar com nossa essência, dessa forma que muitos artistas expressam, por meio das artes plásticas, sua verdadeira face. No Unifatea, o ensino caminha junto com o desenvolvimento do ser humano. E espaços e momentos são criados para que além de bons profissionais, bons seres humanos sejam formados.
Aos 23 anos, a aluna do quarto ano do curso de Design, Mayara de Souza Leite, expressou seu talento e sua arte. Ela fez uso do Espaço Expositivo e realizou, ainda que ansiosa, sua primeira exposição, com o título: Um canto do povo preto.
Foram 11 obras utilizando a técnica de tinta acrílica dissolvida na água, tinta aquarela (TGA) e acabamento com lápis de cor aquarelável. “O que me levou desenvolver a exposição, foi o período que estou vivendo, de me conectar mais com a minha história. Desde pequena, no ambiente em que convivo, o samba é muito presente, e sinceramente, não entendia o significado disso. Digo o significado além da musicalidade, mas sim de quem eram as pessoas por trás desse movimento”, explica Mayara.
Foi aí que ela começou a se envolver, como em um bom samba, com a história de cada um dos artistas ilustrados em suas obras. Para ela foi quando compreendeu que não exaltava somente o samba, mas as pessoas que fizeram história e ficaram conhecidas por ele. “A ideia sempre foi trazer a cultura para nossa sociedade, muitas pessoas desconhecem a importância disso. Quis enaltecer a cultura do país e da nossa região, vivenciar a história de alguma forma, e a exposição era um meio de expressar isso”, comenta.
Uma das possibilidades de expor seu trabalho foi trabalhar com textos explicativos, mas para uma boa sambista era preciso mais, letra e melodia se encaixam melhor. Mayara vê a completude com a tinta na tela. “A arte não está aí para ser bonita, mas entregar uma mensagem, e acredito que foi muito satisfatório ter feito a exposição. Precisamos de mais movimentos em prol da cultura para que ela nunca seja silenciada. Construímos a história expondo-a. Expor além dos artistas que conhecemos por nome e pela música, por exemplo, pois existe uma pessoa que construiu uma carreira para chegar onde está, e isso é inspirador”, finaliza feliz e emocionada em continuar falando da sua arte.
Se a exposição não pode mais ser vista, ela pode ser compreendida neste texto segundo a acadêmica, pois é transmitindo para as pessoas e comunicando que daremos continuidade na história mantendo a cultura viva. Ela acredita ter impactado muita gente com a exposição, mostrando a pessoa por trás da arte. E você pode se inspirar acompanhando as telas logo abaixo.