UNIFATEA promove, no mês de maio, atividades em honra à Auxiliadora dos Cristãos
Denise Claro
O Dia de Nossa Senhora Auxiliadora é comemorado pela Igreja nesta sexta-feira, 24. Para a família salesiana, a data em honra à Auxiliadora dos Cristãos é celebrada com especial amor, visto que a devoção foi a adotada por seu fundador, São João Bosco.
Em Lorena (SP), o Centro Universitário Teresa D’Ávila – UNIFATEA, instituição salesiana de ensino, promoveu várias atividades em honra a Nossa Senhora Auxiliadora ao longo do mês de maio, como cantata, carreata, Santa Missa e a coroação de Nossa Senhora, além da queima das cartinhas, com os pedidos e orações de alunos, professores e colaboradores da instituição.
Também ao longo de todo mês de maio, cada colaborador pôde “ser Maria” para os demais, e promover gestos que revelassem a presença da Mãe Auxiliadora.
Auxiliadora dos Cristãos
O título de “Auxiliadora” vem do ano de 1571, quando o imperador dos turcos visava conquistar a Europa. O Papa Pio V invocou o auxílio da Virgem, e organizou os cristãos contra a escravidão muçulmana. A vitória aconteceu no dia 7 de outubro deste ano, e o pontífice acrescentou na ladainha a invocação “Auxiliadora dos Cristãos”.
A festa de Nossa Senhora Auxiliadora foi instituída em 1816, pelo Papa Pio VII. A devoção chegou na família salesiana pelas mãos de seu fundador, Dom Bosco, que adotou esta invocação justamente por viver em uma época de luta entre o poder civil e o eclesiástico. Nossa Senhora foi colocada à frente da obra educacional de Dom Bosco para defendê-la em todas as dificuldades.
No ano de 1862, as aparições de Maria Auxiliadora na cidade de Spoleto marcam um despertar mariano na piedade popular italiana. Nesse mesmo ano, São João Bosco iniciou a construção, em Turim, de um santuário, que foi dedicado a Nossa Senhora, Auxílio dos Cristãos.
Salesianos, filhos de Maria Auxiliadora
A vice-reitora do UNIFATEA, Irmã Zenilde Fontes, comenta a importância da data para as salesianas:
“Dia 24 de maio é para nós o grande dia da família salesiana. É o dia em que paramos para olhar para Nossa Senhora Auxiliadora e reconhecer todos os benefícios que Ela tem feito na vida do carisma salesiano no mundo.”
A religiosa lembra que Dom Bosco afirmava que se tivesse acreditado mais em Nossa Senhora, mais teria feito, e que tanto Dom Bosco quanto a fundadora das Filhas de Maria Auxiliadora, tinham na Mãe de Jesus seu modelo e confiança:
“Foi Ela quem tudo fez na congregação. No final da vida de Dom Bosco, naquele anseio muito grande de comunicar a experiência que ele estava tendo com Nossa Senhora, ele chama os salesianos em pleno leito de morte e diz: ‘Maria caminha nesta casa.’ Ele faz um esforço muito grande para dizer que Maria caminhava naquela casa. Então esse é um dia que a gente olha para São João Bosco, para Santa Maria Domingas Mazzarello e vê essa confiança filial em Nossa Senhora. De todas as noites, colocar a chave aos pés de Nossa Senhora, entregando a casa a Nossa Senhora. Nossa fundadora dizia que a verdadeira Superiora era Nossa Senhora.”
Irmã Zenilde afirma que é com gratidão que olha para os dois fundadores de sua congregação.
“Trazendo essa historia, essa trajetória que nós estamos, hoje essa gratidão se faz presente. Dom Bosco dizia que cada filha de Maria Auxiliadora era uma homenagem de ser grato no tempo e no espaço à Virgem Maria, e por isso levamos essa marca de Filhas de Maria Auxiliadora. É nessa perspectiva que hoje nós paramos e temos a alegria de propagar a devoção a Nossa Senhora Auxiliadora.”
Irmã Olga Belo é do Timor Leste. Também Filha de Maria Auxiliadora, é consagrada há 31 anos, hoje vivendo sua missão na cidade de Lorena (SP). Ao ser perguntada sobre quem é Maria na sua vida, ela responde:
“Para mim, Nossa Senhora Auxiliadora é a Mãe Auxiliadora, amiga, em todo momento, todo lugar, em todos os acontecimentos na minha vida.”
Homenagens à Nossa Senhora
Desde o primeiro dia de maio, a cada dia, no UNIFATEA, em Lorena, há atividades em homenagem à Nossa Senhora.
“É um exercício de imitar a Mãe de Jesus. Entre nossos colaboradores, a cada dia alguém é escolhido para ser Maria e ser presença mariana na vida dos que trabalham aqui, isso nos leva a olhar para aquilo que de mais valor a gente tem dentro de nós. Isso vai criando uma experiência própria da família de Nazaré, um ambiente de serviço, de alegria, um ambiente de serenidade, de oração e de reconhecimento.”, afirma Irmã Zenilde.
No dia 22 de maio, houve com toda a comunidade acadêmica a Cantata Mariana, no hall da Biblioteca Conde de Moreira Lima.
“Foi uma forma de cada um acender a sua luz, e de pedir a companhia de Nossa Senhora, para que chegasse em suas casas e nos lugares que precisavam dessa luz. É sobretudo reconhecer que Maria auxilia. Se confiarmos nessa presença que auxilia e que caminha conosco, nós tiramos grande parte da responsabilidade humana, e entregamos para o Divino, porque Ela vai entregar para Deus. Maria não é ‘deusa’, como diz Padre Zezinho. Mas depois de Jesus, ninguém é maior que Maria. Essa atividade envolve toda a comunidade acadêmica, e o ambiente, que é um ambiente salesiano, se torna assim um ambiente respeitoso e de oração.”
Neste dia 24 de maio, uma carreata, seguida da Santa Missa e da Coroação de Nossa Senhora, foi promovida pelo UNIFATEA e saiu pelas ruas da cidade de Lorena, com o objetivo de demonstrar o amor e a devoção a Nossa Senhora e envolver a população lorenense nesta grande festa:
“Hoje é dia de sairmos pelas ruas e dizermos para a comunidade que Maria também cuida dessa cidade. Então ao passar pelas ruas da cidade, a intenção, o desejo e a oração é que chegue a todos os munícipes de Lorena, toda a região aqui do Vale do Paraíba o manto protetor de Nossa Senhora. Que Ela seja visível e que essa visita de Nossa Senhora dê um start em um momento de sintonia de cada um consigo mesmo, de sintonia com Deus, na certeza de que tem algo muito maior dentro de nós, essa fé em Deus. A fé em Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, esse mesmo Espírito Santo que habitou Maria.”